jueves, 3 de noviembre de 2016

Educar para inovar e inovar para educar.



Inovação Tecnológica é algo que está presente em nosso cotidiano e que quando ouvimos estas duas palavras, somos remetidos a pensar em qualidade, genialidade, avanço e outras expressões que se associam com o que é diferenciado e que está à frente do nosso tempo. Como professor de temas associados à aplicação tecnológica, procuro sempre meios de compreender e sistematizar formas mais fáceis e efetivas para transmitir aos meus alunos e àqueles que assistem às minhas palestras, o que pode ser inovação tecnológica de maneira acessível. Aquilo que falarei a seguir é resultado destas minhas reflexões, pesquisas e aplicações sejam elas profissionais ou didáticas.

Neste princípio, vamos entender o sentido de ambas as palavras:

Inovação: é uma palavra latina que tem como tradução literal renovação, ou seja, alguma coisa que está muito além de criar ou inventar, e que atribui um novo sentido de prática visando a otimização;

Tecnologia: antes de falarmos sobre ela, é importante entender duas outras palavras: Filosofia e Ciência. Pois, enquanto - em linhas gerais - a Filosofia é o saber para saber, a Ciência é o saber para fazer e a Tecnologia é o fazer para dominar. Desta maneira, a releitura dos procedimentos vigentes, é utilizada para obter melhores resultados não só do produto final, mas, também, em relação ao custo/benefício. Para isto surge uma nova variável na equação, a criatividade e, por conseguinte toda a complexidade também associada ao termo.

O uso da expressão Inovação Tecnológica sempre vem associada a algum tipo de genialidade, algo que quebra paradigmas, onde alguém com uma ideia genial realizou aquilo que antes ninguém tinha pensado fazer, promovendo uma revolução, seja no âmbito restrito do seu espaço profissional ou de forma mais ampla em escala global. Com isto, em um curto espaço de tempo criou-se um novo modelo de salvador, um novo arquétipo de herói, alguém extremamente genial que poderá revolucionar muita coisa. Penso que este senso comum é muito perigoso e até mesmo sabotador, pois, aqueles que estão distantes dos processos muitas vezes, são levados a crer que os resultados apresentados surgiram de uma maneira quase que espontânea. Simplesmente devido a uma partícula de genialidade, brotou-se uma ideia, e pronto, a solução como um passe de mágica, apareceu. Porém, é importante refletir sempre, que tudo que tem um fim, obviamente também tem um começo e por mais redundante que isto pareça devemos ressaltar, pois os processos de criação e finalização sempre são ocultos e por estarem distante de nós, nos leva a pensar muitas vezes, no imediatismo em que as coisas possam ter chegado àquele resultado. Existe gráfico que explica as variáveis de perfis inovadores onde dois eixos se cruzam, um vertical (que vai de Trabalho até Diversão) e outro horizontal (que vai de Pensamento Racional até Pensamento Fantasioso). Estas variáveis se cruzam entre si gerando outras resultantes, por exemplo:

Pensamento Racional + Diversão = Perfil Experimental - Ole Kirk Christiansen (Criador do Lego) 

Diversão + Pensamento Fantasioso = Perfil Visionário - Walt Disney

Pensamento Fantasioso + Trabalho = Perfil Inventivo - Steve Jobs 

Trabalho + Pensamento Racional = Perfil de Cálculo - Albert Einstein 

Tudo é uma questão de padrões, pois, por mais simples que possa ser este gráfico, ele serve de base para sistematizar perfis, tanto de realizadores como de suas realizações. Cada ser humano é único em sua essência, na sua formação, naquilo que sensibiliza e também em como pode ver de forma diferente a solução para problemas comuns. Uma maneira para explicar esta configuração baseia-se no binômio, cognição e expressão. Isto se aplica a nós mesmos, à nossa família, aos nossos alunos, aos nossos colaboradores, etc. Além do ponto final e do ponto inicial existe uma jornada. Este caminhar é muito rico e especial, pois aquilo que possa surgir, vem de um ímpeto de transformar e de agregar valor e com capacidade e potencialidade de transformação. O processo de criação tem muitas transformações ao longo do processo, a adaptação e superação dos percalços é uma das partes mais valiosas que fazem a ideia se materializar, e certamente o que for aprendido se refletirá em outros projetos em forma de experiência. Logo, a inovação é uma resultante de fatores como formação, perspectiva e até mesmo como nos colocamos frente ao nosso espaço. A técnica é muito importante, porém a necessidade de transformar e de inovar como está intrínseca ao ser humano às vezes é necessária que seja estimulada e respeitada.

http://www.rioeduca.net/blog.php?bid=15&pg=5

Autor: Francisco Tupy

Professor do Colégio Visconde de Porto Seguro de Tecnologia  Educacional e da   Oficina de Games. Formado em Geografia pela    FFLCH-USP, Mestre e Doutorando pela ECA-USP.

Atua em projetos na parte de Game Design e Gamificações.
Nas horas vagas pratica Jiu-Jitsu, anda de skate e coleciona quadrinhos.





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